Para terminar a série De Férias, o post de hoje será sobre um programa in door: os museus do Rio de Janeiro.
Eu cresci na Rua Correa Dutra, que fica a dois quarteirões do Palácio do Catete. Lá existe um jardim, um parquinho infantil e o Museu da República, que para mim era a melhor parte. Sempre brincava no jardim, mas ir ao museu era especial.
O edifício, construído entre 1858 e 1867, foi sede da Presidência da República e palco do suicídio de Getúlio Vargas. Foi naquele prédio que entendi que as histórias contadas na escola eram diferentes dos contos de fada porque haviam acontecido de verdade. Foi ali que me apaixonei por História.
Minha mãe e minha avó sempre levavam eu e minha irmã para visitar museus. Gostar de museu é coisa que criança precisa aprender. Não é natural para uma criança pequena ter que andar com cuidado entre peças antigas e vitrines delicadas, sem poder tocar em nada. Mas as crianças aprendem com facilidade e logo entendem que a diversão e o conhecimento compensam os movimentos tolhidos.
Outro que fez parte da minha infância foi o Museu Histórico Nacional, na Praça XV, embora o momento mais excitante tenha ocorrido somente quando já estava na faculdade: a visita (com permissão especial da direção) ao porão, que regularmente se enche de água quando a maré sobe, em razão da área em que construído o prédio.
O Museu Nacional, dentro da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, só fui conhecer em um passeio organizado pela escola. Saí de lá querendo estudar arqueologia, depois de pela primeira vez colocar meus olhos em múmias egípcias. Outra história engraçada sobre aquele museu foi a minha decepção quando descobri que as grandes ossadas que vi na entrada não eram de dinossauros, mas de grandes mamíferos rsrs Só fui ver ossadas de dinossauros anos mais tarde, no Museu de História Natural de Nova Iorque.
Na adolescência entrei pela primeira vez no Paço Imperial, depois que derrubaram o edifício que havia sido construído pelos Correios no meio do antigo pátio e o prédio foi restaurado, readquirindo sua forma original. Visitei o local logo depois da reabertura após a restauração. Nem existia o Centro Cultural que hoje funciona lá. Me senti uma versão light de Indiana Jones, desbravando o passado e a História.
O Rio de Janeiro tem muitos outros museus que você deveria conhecer e mostrar aos seus filhos, sobrinhos, primos mais novos, ou mesmo aos seus pais e avós. Se você é daquelas pessoas que diz “detesto História”, precisa mudar de opinião vendo a História com seus próprios olhos. Visite os museus do Rio e apaixone-se pela História da sua cidade, do seu povo e do seu país.
Espero que a série De Férias tenha feito você sair de casa para passear pela sua cidade. Se o calor está te impedindo de sair do ar condicionado, adicione os posts aos Favoritos do navegador e quando a temperatura diminuir, aproveite o Rio!
Bjs