No post anterior falamos sobre o primeiro passo para colocar sua vida financeira em ordem: anotar seus gastos. Se você fez isso, deve estar se perguntando o que fazer com essas informações, certo? É o que veremos neste e no próximo post.

Toda empresa de sucesso faz um bom orçamento antes de executar um serviço. O dicionário explica que ORÇAMENTO é a avaliação ou cálculo aproximado do custo de (obra, empreendimento, serviço etc); estimativa, cômputo. Como você espera ser uma pessoa de sucesso se não faz orçamento da sua vida?

A gente começa a trabalhar e receber salário, e começa a gastar. Se o dinheiro acaba antes do mês, a gente espera vir o próximo pagamento e gasta mais (ou então, pior, continua gastando no cartão de crédito). Já falei que os brasileiros não educam seus filhos financeiramente, mas deveriam. Meus pais nunca me disseram que eu precisava calcular o custo da minha vida, que eu precisava ter um orçamento. Se seus pais também não te disseram isso, eu vou dizer: VOCÊ PRECISA TER UM ORÇAMENTO.

Já que não dá pra voltar no tempo e fazer um orçamento antes de começar a viver, você precisa saber quanto custa sua vida agora. Isso significa planilha de gastos. “Ah, mas não sei mexer em Excel…” Se não souber nem o básico, faça à mão. O importante é listar no que e quanto gasta por mês.

1- Reúna todas as contas pagas no último mês

Se estiverem todas guardadas no mesmo lugar, melhor. Caso contrário, saia pela casa catando todas: aluguel/financiamento, condomínio, água, luz, gás, telefone, celular, escola/faculdade, etc. Não esqueça aquelas contas que chegam por email ou SMS.

2- Saiba quanto gastou no mercado

Acho que ninguém guarda as notinhas do mercado, né? Então obter esta informação será um pouco mais trabalhoso. Se você paga com cartão de débito ou crédito, pode consultar os extratos. Se paga tudo ou uma parte em dinheiro, vai precisar registrar esses pagamentos, como ensinei neste post.

3- Saiba quais e quanto foram os gastos variáveis

Comida na rua, gasolina, roupas e sapatos, remédios e cosméticos, etc. Esses são os gastos variáveis, que não acontecem todos os meses ou cujos valores mudam sempre. Mais uma vez os extratos de débito e crédito podem ajudar, mas registrar no dia-a-dia é essencial.

4- Escreva tudo que gastou nos 3 últimos meses

Pode ser no Excel ou numa folha A4. Também pode incluir mais que 3 meses. O ideal seria escrever os últimos 12 meses, já que existem despesas que ocorrem em apenas parte do ano, como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. Mas não deixe isso servir de desculpa para não fazer seu orçamento. Trabalhe com o que tem. Você pode agrupar os gastos por categorias: gastos fixos e variáveis, ou residência, alimentação, transporte, etc. Ao final totalize as despesas por mês.

No próximo post você verá como utilizar as informações que reuniu para fazer seu orçamento. Até o próximo post.