Não sei você, mas com a crise eu passei a dar mais valor a cada centavo do meu suado dinheirinho. Ganhar dinheiro passou a ser mais difícil, então ele passou a ter mais valor.

Antes desses tempos negros que o país – e nós, povo – atravessamos, eu tinha mais facilidade em gastar dinheiro. Comprava por impulso, comprava supérfluos, comprava coisas que depois nem usava. Quando paro para pensar em quanta grana gastei em compras desnecessárias, bate um arrependimento dos grandes. Se tivesse juntado aqueles Reais, poderia ter viajado tanto!

Para um minuto e pensa se você, ao menos uma vez na vida, não achou um produto caro e comprou assim mesmo. Fez isso uma vez? Duas? Vinte? A gente reclama do preço e compra mesmo assim.

Foi antes da crise que comecei a questionar esse tipo de atitude que nós, consumidores brasileiros, temos.

Nos Estados Unidos aquele batom divo da MAC custa uns poucos dólares. No Brasil é uma pequena fortuna em forma de batom. A gente acha caro, mas compra. iPhone não chega a ser exatamente barato na terra do Tio Sam, mas aqui custa um rim e um olho. A gente divide em 12 vezes no cartão, mas paga.

Por quê?

Por quê?

Por que trocar de smartphone todo ano e passar a vida endividada pagando prestações no cartão? Por que não comprar o batom nacional que também é bom?

Pensa comigo. As marcas vendem os produtos por valores exorbitantes só porque tem gente que paga. Se o iPhone de 4 mil Reais ficar encalhado nas lojas, o preço vai cair. Então por que nós, consumidores brasileiros, pagamos os preços altos e nos deixamos ser explorados?

Foi antes da crise que comecei a me recusar a pagar preços absurdos em algumas coisas. Depois da crise passei a não comprar nada que custe caro. Coloco tomate na minha lista de compras, mas se chego no hortifruti e o quilo está custando R$ 6,99, fico sem comer tomate. Simples assim. Adoro a fruta (sim, tomate é fruta), mas não vou pagar sete Reais.

Comece a fazer isso você também. Tá caro? Não compra!

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Para mudar o país, você começa mudando a sua casa.